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segunda-feira, 22 de abril de 2013

BOA SEMANA!

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Postado por CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO CAMPO SEMPRE BOM às 05:25

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A FAMÍLIA AINDA É A BASE DE TUDO!!!

Antigamente a família constituída de pai e de mãe e geralmente de muitos filhos, tinha como meta principal ensinar valores e encaminhá-los para a vida, não muito longe dos modelos familiares, ou seja, o filho aprendia os oficíos do pai e a filha era preparada para casar, tornando-se uma exímia dona de casa.

Naquela época as brincadeiras eram ao ar livre, as crianças interagiam, "gastavam energias", se envolviam em diversões sadias e as amizades prevaleciam.

As crianças eram consideradas crianças, não tinham opiniões, não participavam das conversas, não tinham acesso aos problemas dos adultos; havia medo respeito e, bastava um olhar do adulto progenitor e o filho já sabia o que lhe aguardava. Enfim, foram muitas gerações onde pais exerciam o papel de pais e filhos o papel de filhos, não se discutia estes valores e assim foi por muito tempo.

No atual contexto, a verdade é relativa , vive-se momentos de incertezas, angústias, ansiedades e buscas de algo que sabemos muito bem, mas corremos atrás, pode ser até da felicidade, por que não!? E por que não dizer de competição!!!!!, Competição no trabalho, nos estudos, nos conhecimentos e competição familiar, ou seja, competição entre mãe X filha, pai X filho, sempre disputando o amor e a atençao do companheiro (pai ou mãe), (isto ocorre de forma inconsciente), se há uma competição, há rivalidades; nesta disputa há desarmonização familiar e todos do ambiente sofrem, não se entendem. Inverteram-se os papéis, ou melhor, ninguém sabe qual é o seu papel nesta história, se de pai/mãe ou filho (a). A família encontra-se conturbada!

A família hoje está conturbada, e não é por que ela é constituí-da de pai/filho(a)/madrasta ou mãe/filho(a)/padrasto, vó/filho(a), é por que na agitação do dia-a-dia, todos mandam, dominam o ambiente e nessa de todos mandarem, perdeu-se a hierarquia, as referências; alguém (adulto) precisa exemplificar, definir situações, dar segurança, etc.

Na verdade, as pessoas adultas (os pais), estão precisando de "colo", de apoio e de orientação. Como avanço de gerações, perdeu-se as referências básicas que se encontrava dentro do núcleo familiar e que faziam do ser humano um indivíduo adulto e comprometido. Há falhas, carências, situações da infância que ficaram cristalizadas, e que interferem na autoridade (não confundir com autoritarismo) de pais, pois, os mesmos não conseguem exercer a condição de progenitor em função de situações mal resolvidas enquanto jovens que foram.

Exemplifico: quantos pais na hora de chamar a atenção de seu(sua) filho(a), suplicam, pedem por favor ou demonstram fragilidade no olhar, o que faz com que a criança se sinta no direito de insistir, de gritar, de bater, cuspir... são situações onde pais se igualam a seus filhos.

Os conflitos familiares até então mencionados,afloram nas escolas como um sintoma no desenvolvimento do processo ensino aprendizagem: alunos são extremamente dispersos, apresentam déficit de atenção/concentração, são inquietos e muitas vezes agressivos (físico e verbal), descomprometidocom seus materiais e atividades (de aula e tarafas de casa).

Quando a escola encaminhaeste aluno ao atendimento psicopedagógico, o mesmo já vem com o estereótipo de que é preguiçoso, é irresponsável com seus materiais, enfim, observa-se que apresenta baixo auto-estima e, num primeiro momento, o resgate de valores, de auto-conceito e auto-imagem se faz extremamente necessário.

Quando a família vem à clínica, há uma movimentação no sentido de que também ela quer compreender o que está acontecendo e modificar-se. Neste momento o triângulo família, escola e psicopedagoga é essencial na ressignificação de fatos que envolvem a vida deste indivíduo.

São momentos muito importantes, onde todos , principalmente a família possa refletir sobre seu papel, suas atitudes, ações, elaborando metas que possam vir a beneficiar a todos.

Como família precisamos ficar "firmes" no papel de pais, por que se "algo" der errado com nossos filhos, seremos nós os renponsáveis por eles.

Sempre lembrando que "quem ama educa", dá limites, exige responsabilidade e comprometimento em qualquer ato, pois antes de sermos amigos dos nossos filhos, nós somos os pais.

IARA MARIA HECK
Psicopedagoga Clínica
e-mail: mailto:iarinhaheck@yahoo.com.br

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